O Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) destinará 3% das moradias subsidiadas pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) a pessoas em situação ou trajetória de rua.
Nessa primeira leva, a iniciativa vai priorizar 38 municípios, incluindo Aracaju e demais capitais, além de cidades com mais de mil pessoas cadastradas como “sem moradia” no CadÚnico.
Segundo os resultados do último Censo da população em situação de rua de Aracaju (Censo Pop), ao todo, 623 pessoas foram contabilizadas vivendo nesta condição na capital.
A expectativa é de que, inicialmente, cerca de 1 mil unidades habitacionais sejam destinadas a este público nas cidades selecionadas no país. Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, o imóvel será gratuito.
“Essas cidades têm a obrigação de distribuir, no mínimo, 3% de todos os empreendimentos do Minha Casa Minha Vida [a serem lançados nos municípios] aos moradores que estão em situação de rua. Veja bem: isso não é o limite, mas o piso a ser atendidos nessas 38 cidades”, disse o ministro.
De acordo com o Ministério das Cidades, os municípios em questão foram selecionados por meio de levantamentos feitos por várias pastas, tendo por base cidades com maior concentração de pessoas em situação ou em trajetória de rua.
A portaria que destina este mínimo de 3% das moradias foi assinada nessa última terça-feira, 22. O texto define critérios para escolha e priorização dos beneficiários, que inclui famílias com crianças e adolescentes, mulheres, pessoas trans, grávidas, indígenas, pessoas idosas e pessoas com deficiência.
“As casas serão doadas, a partir do MCMV com orçamento da União. Terá também acompanhamento e trabalho prévio com as famílias, de forma a inseri-las no mercado de trabalho; de colocar as crianças na escola”, disse o ministro.